O governador sugeriu que a regulamentação do mercado de carbono poderia permitir que os indígenas “não precisem bater na porta da Funai para pedir recursos” e afirmou que “a repartição do carbono oriundo das áreas indígenas permitirá com que estes povos possam se alimentar, possam sonhar e possam ter qualidade de vida sem ter que propor como solução para comunidades indígenas fazer extração de minério e minério ilegal em áreas indígenas”.
Povos tradicionais, no entanto, consideraram que a fala do governador “demonstra uma visão preconceituosa e desinformada sobre a realidade dos povos tradicionais”.
Diz a nota:
“O que o governador propõe como uma novidade para o mercado global é, na verdade, um modo de vida que praticamos há milênios”.
Os signatários criticam ainda o modelo de créditos de carbono REDD+, que, segundo eles, representa “a comercialização da natureza, financiada por empresas e governos estrangeiros que continuarão a poluir enquanto lucram”.
Ao apoiar essa alternativa sem consulta aos povos, afirmam indígenas e quilombolas, o governador estaria servindo aos interesses do capital internacional e desconsiderando a autonomia e os direitos das comunidades amazônicas.
Mais de 20 organizações assinaram o posicionamento.
Confira na íntegra a Nota de Repúdio ao discurso racista do governador Helder Barbalho na COP-29