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Saiba o que é o ouro branco: mineral que vai mudar o mundo

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O produto que começa a chegar à América Latina já é assunto antigo na Europa, nos Estados Unidos e na China - Foto: Divulgação

Metade vermelho, metade verde, saiu pelas ruas no início deste mês o primeiro ônibus elétrico completamente movido a lítio da Argentina. “0% emissões”, exibe o enorme adesivo na janela do veículo experimental, que pode andar até 200 km antes de ter de voltar à estação para recarregar as baterias.

O produto que começa a chegar à América Latina já é assunto antigo na Europa, nos Estados Unidos e na China e, para que rode por tamanha distância, leva, no lugar de um tanque de combustível, uma quantidade do mineral milhares de vezes maior do que a que celulares ou notebooks concentram. O clima, as novas formas de energia e as transformações sociais a partir deles serão temas da COP 30, a COP da Amazônia, que acontecerá em Belém do Pará em 2025

“Precisamos evitar abordar o tema de uma perspectiva colonial”, discursou no lançamento do ônibus o ministro argentino Daniel Filmus (Ciência e Tecnologia), expondo o grande debate que permeia a região nos últimos meses e ainda deve durar anos: o que fazer com a explosão da demanda de lítio no mundo.

RECURSO ESTRATÉGICO

Enquanto novos projetos de extração do mineral não param de ser anunciados, os países decidem se vão focar a exportação para países ricos ou investir no desenvolvimento da indústria local. Também debatem se vão usá-lo como recurso natural estratégico, de prioridade do Estado, ou se abrirão a exploração para investidores estrangeiros. E ainda é necessário levar em conta os aspectos ambientais.

A América Latina concentra mais da metade do lítio já apelidado de “ouro branco” identificado no planeta, e a maior parte está centralizada no “triângulo do lítio”, formado por Bolívia, Argentina e Chile, principalmente nos salares de Uyuni, Puna e Atacama, onde o elemento químico é obtido pela evaporação.

Mas, com os preços batendo recordes no ano passado, as fronteiras da exploração se expandiram. O Brasil, que em 2015 praticamente não tinha produção do carbonato, hoje chega a 2% do mercado mundial pela perfuração de rochas, método mais rápido e menos dependente do clima, porém mais caro.

México e Peru também começam a entrar no jogo, ainda dominado pela Austrália e por poucos produtores.

RESERVAS

As principais impulsionadoras dos novos investimentos na região são empresas chinesas, americanas e europeias, que competem para garantir as reservas, de olho na tão sonhada transição energética a substituição dos combustíveis fósseis pela eletricidade obtida em fontes renováveis, principalmente no setor automotivo, que cresce a passos largos.

É para esses países que quase todo o lítio latino-americano é escoado, passando antes por refinarias que o transformam em baterias, principalmente na China, na Coreia do Sul e no Japão. Esse fluxo traz de volta o fantasma da palavra “colonização”, já que grande parte do debate se concentra na pergunta: devemos apenas exportar matéria-prima ou produzir nossas próprias baterias?

“Preocupa-me que possamos nos tornar uma espécie de canteiro litífero para garantir a transição energética do Norte Global, reproduzindo uma espécie de neodependência, neocolonialismo ou colonialismo verde”, afirma Bruno Fornillo, pesquisador do Conicet (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina) e coordenador do estudo “Lítio na América do Sul”.

O chileno Francisco Acuña, analista da consultora de mineração CRU, porém, rebate que a região ainda não tem demanda suficiente de veículos elétricos para tal. O Brasil, por exemplo, vai na contramão, ao dar desconto na venda de carros populares. “Aqui eles ainda são considerados item de luxo, não há incentivo. O mais provável é que os países latino-americanos continuem exportando lítio, até que o preço de fabricação dos veículos elétricos seja competitivo e faça sentido produzir baterias”, diz o engenheiro.

Quanto à exploração do lítio, até agora as nações têm lidado com o assunto de formas opostas. O foco do governo Lula tem sido atrair investidores estrangeiros para extrair, produzir e exportar só o concentrado do lítio, de alto valor agregado, ainda que estude formas de desenvolver toda a cadeia até chegar às baterias.

VALE DO LÍTIO

Há um mês, lançou o projeto do “Vale do Lítio” na bolsa de Nova York, para fomentar a exploração no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. O Brasil vai no mesmo sentido da Argentina, um dos que mais crescem no setor. O país vizinho está cada vez mais próximo de um tratado de livre comércio de lítio com os EUA e, no mês passado, viu suas duas únicas produtoras do carbonato, uma americana e outra australiana, anunciarem uma fusão para se tornarem uma mega multinacional.

Ambos caminham na direção contrária de alguns latino-americanos, ainda que todos pendam à esquerda. Em maio, o presidente chileno, Gabriel Boric, gerou rebuliço no mercado ao anunciar em cadeia nacional uma nova política do lítio público-privada, com mais controle do Estado, a criação de uma Empresa Nacional do Lítio (que ainda deve passar pelo Legislativo) e prévia consulta a comunidades andinas.

O mexicano Andrés Manuel López Obrador foi além, ao decretar, em fevereiro, a nacionalização do mineral. “O que estamos fazendo agora, guardadas as proporções, é nacionalizar o lítio para que não possa ser explorado por estrangeiros, nem da Rússia, nem da China, nem dos EUA. O petróleo e o lítio são da nação, são do povo mexicano”, disse o presidente, em estratégia ainda pouco detalhada.

Já a Bolívia, apesar de ter o maior salar do mundo, não produz lítio em nível comercial porque há décadas adota um modelo mais fechado a investimentos internacionais, com a oposição das regiões que abrigam os recursos. O presidente Luis Arce, porém, dá sinais de flexibilização e em janeiro fechou um acordo com o consórcio chinês CBC para construir duas plantas no país até 2025.

Dois meses depois, a general Laura Richardson, chefe do Comando Sul dos EUA, expôs preocupação com a “agressividade da China no terreno do lítio”. “Esta região está cheia de recursos, e me preocupa a atividade maligna de nossos adversários, que se aproveitam disso. Parece que eles estão investindo, quando, na verdade, estão extraindo”, argumentou ela em apresentação na Câmara de Representantes.

Dentro do cabo de guerra entre as duas potências, o futuro do lítio na América Latina ainda é considerado incerto, assim como os impactos da indústria para o ambiente, que continuam sendo estudados. A única certeza é a de que o apetite por ele não deve parar de crescer tão cedo.

Fonte: Júlia Barbon / FolhaPress – Dol

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Em Parauapebas, Escola Estadual Realiza Programação Especial pelo Dia da Consciência Negra

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A Escola Estadual Serafim Fernandes, em conformidade com a Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da cultura afro-brasileira e africana nas escolas, realizou um projeto especial que teve início em outubro e se encerrou ontem, 19 de novembro. A programação incluiu diversas atividades, como palestras, pesquisas, jogos, oficinas, e culminou em uma bela exposição dos trabalhos realizados ao longo do projeto.

A escola reconhece que uma educação antirracista se constrói diariamente por meio de ações que valorizam a cultura do nosso povo e exaltam a contribuição das populações negras, que foram cruelmente escravizadas. Estamos comprometidos com o combate ao racismo e com a promoção de uma educação de qualidade pautada na diversidade e no respeito, afirma a professora Jadna Estevam, coordenadora do projeto.
Essa atividade é essencial para promover a igualdade racial e combater o racismo. Na Escola de Tempo Integral Serafim Fernandes, essa iniciativa nos oferece a oportunidade de reconhecer e valorizar a contribuição da cultura afro-brasileira na formação da sociedade, além de desconstruir estereótipos e preconceitos.

Com esse projeto, podemos fortalecer a autoestima dos alunos negros e formar cidadãos críticos e conscientes, enfatizou a diretora Cleidineia Pedrosa.

A Consciência Negra é fundamental para promover a igualdade racial e combater o racismo estrutural, valorizando a história e a cultura afrodescendente. Ao incentivar a reflexão sobre representatividade e inclusão, ele cria espaços para debater questões raciais e enfrentar o racismo. Assim, contribuímos para combater preconceitos, fortalecer a identidade negra e construir uma sociedade mais justa e igualitária, destacou a professora de Educação Física, Melina Paula.

A programação contou com a participação de cerca de 300 alunos, incluindo estudantes de escolas convidadas, como a Escola Municipal Josias Leão, localizada no mesmo bairro.

Rosemary Silva, outra coordenadora do projeto e professora de História da escola Serafim Fernandes e descendentes de escravos, relatou que se sentiu profundamente conectada à história da resistência e luta pela liberdade dos escravos. “Minha posição na linha do tempo, sendo parte de uma geração que foi liberta 100 anos após a Lei Áurea, me oferece uma perspectiva única e rica sobre os desafios e as conquistas dos afrodescendentes no Brasil, especialmente no que diz respeito à superação do legado da escravidão.
A conexão com essa história pessoal me traz um sentimento de orgulho da resistência de meus antepassados, que, apesar das adversidades, conseguiram conquistar a liberdade e garantir a sobrevivência cultural e identitária de sua descendência.
Ao ensinar História, tenho a chance de transmitir essa memória e ajudar seus alunos a entender a importância da luta dos negros no Brasil, não apenas durante o período da escravidão, mas também após a abolição, quando muitos ainda enfrentaram preconceito, exclusão, desigualdade.”
A educadora completou sua fala afirmando que –
“Em resumo, me sinto orgulhosa, empoderada e com um forte compromisso em ensinar a importância de preservar a memória histórica, as lutas dos antepassados e promover um futuro mais justo e igualitário.” Finalizou.

Pais e responsáveis responsáveis também participaram do evento.

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Neste sábado (16), 27ª edição do ABCF Fight no Ginásio Poliesportivo Islander Souza

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Sábado dia 16 de novembro, Parauapebas será palco da 27ª edição do ABCF Fight no Ginásio Poliesportivo Islander Souza. O evento contará com dez lutas, incluindo seis oficiais de MMA, além de apresentações de Muay Thai e Boxe. entre os destaques, duas lutas internacionais entre Brasil e Argentina, e uma disputa de cinturão na categoria PCD.

Ingressos disponíveis na Barbearia Inovação, localizada na rua Sol Poente com Tancredo Neves, no bairro Rio Verde. Para mais informações, ligue: (94) 9 8128-2933.
A programação inclui ainda um show com a banda de rock Pilantropia.

Conheça um pouco da historia do Instituto IDDECRV.

Instituto de Desenvolvimento Desportivo Educacional e Cultural Rio Verde é uma instituição que nasceu de um sonho de um lutador e vários colaboradores que vislumbraram de olhos abertos novas possibilidades para Parauapebas. O Instituto visa ampliar as oportunidades e acesso a bens comuns para o desenvolvimento de crianças e da comunidade localizada no município.
A instituição atua com oficinas gratuitas para a comunidade, na área de esporte, arte, educação e lazer, e desenvolve ações sociais. Hoje, estamos com as seguintes oficinas: caratê, boxe, futsal, ballet, eventos e corte e costura, em Parauapebas e toda região.
Em 2023 um grande evento de MMA foi realizado, também no Ginásio Poliesportivo Islander Souza, com disputa de título internacional, entre Brasil e Paraguai, e contou com uma super estrutura de som e iluminação. Esse evento vem de um projeto antigo ABCF-FIGHT, um projeto fundado em 2007, onde já vinha realizando diversas ações desportivas em todo estado do Pará.

 “Em Parauapebas realizamos a primeira disputa de cinturão há 17 anos, na época com muita dificuldade, mas no final o evento foi um sucesso, e há dois anos o ABCF-FIGHT fez sua fusão para o Instituto, IDDECRV – Instituto Desenvolvimento Desportivo Educacional e Cultural Rio Verde, e com essa fusão a tendência é que tenhamos muito mais benefícios para comunidade, tanto no meio esportivo como no social” afirma Marcio Machado, presidente do instituto.

Link da matéria exibida na Band Parauapebas em 2007

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Inicia hoje, 12, a campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos em Parauapebas

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A Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), iniciou nesta terça-feira, 12, a campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos. A ação segue até o dia 30 deste mês, com a oferta de mais de 24 mil doses para imunizar os pets do município.

A vacinação ocorrerá em pontos estratégicos da zona urbana, enquanto nas áreas rurais seguirá o cronograma específico das Unidades de Saúde locais. Podem receber a vacina cães e gatos com mais de dois meses de idade e em boas condições de saúde. No ato da imunização, recomenda-se que o tutor leve o cartão de vacinação do animal.

Márcia Ferro, coordenadora da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), destaca a importância dessa campanha para a saúde pública: “A vacinação antirrábica é a principal medida preventiva contra a raiva, uma doença que pode afetar tanto animais quanto seres humanos. Imunizar o seu pet é um ato de responsabilidade e proteção para toda a comunidade”.

Locais de vacinação:
https://parauapebas.pa.gov.br/wp-content/uploads/2024/11/POSTOS-DE-VACINACAO.pdf

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