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Valor da produção primária florestal aumenta 11,2% em 2023

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Foto: Giorgio Venturieri/Embrapa

Em 2023, a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS 2023) registrou produção primária florestal em 4.924 municípios brasileiros, que, juntos, totalizaram R$ 37,9 bilhões em valor da produção, o que representou um aumento de 11,2% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é inferior ao verificado em 2022, que foi de 13,4%, porém representa um recorde no valor da produção do setor.

A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor da produção da silvicultura superou o da extração vegetal, o que ocorre desde o ano de 1998. Em 2023, houve crescimento de 13,6% no valor da produção da silvicultura e diminuição de R$ 132 mil na extração vegetal. Em termos proporcionais, observa-se que a silvicultura aumentou 1,8% sua participação no valor da produção primária florestal (83,6%) frente ao extrativismo vegetal, que passou a responder por 16,4% desse total.

A silvicultura é a exploração de florestas plantadas para fins comerciais e o extrativismo vegetal é a exploração dos recursos vegetais naturais.

A participação dos produtos madeireiros segue preponderante no setor silvicultural, representando 98,2% do valor da produção florestal. O conjunto dos produtos madeireiros com origem em áreas plantadas para fins comerciais registrou aumento de 15,4% no valor da produção, enquanto naqueles decorrentes da extração vegetal o aumento foi de 0,5%. Esses resultados ratificam a tendência de crescimento dos produtos madeireiros oriundos da silvicultura e registra-se uma estabilidade nos da extração desde 2021.

Entre os produtos madeireiros da silvicultura, houve registro de crescimento do valor da produção em todos os grupos, sendo mais acentuado na lenha, que aumentou 20,6%. O valor da produção da madeira destinada à fabricação de papel e celulose cresceu 19,4%; do carvão vegetal, 6,5%; e da madeira em tora para outras finalidades, 16,2%.

A extração vegetal registrou aumento no valor gerado em 2019 (6,8%), 2020 (5,8%) e 2021 (31,6%), porém, em 2022, registrou redução de 0,3% e, em 2023, apresentou pequena diminuição de R$ 132,0 mil em valores correntes. Enquanto os produtos madeireiros respondem pela quase totalidade do valor da produção da silvicultura (98,2%), na extração vegetal esse grupo representa 64,2%, seguido pelos alimentícios (29,9%), ceras (3,6%), oleaginosos (1,6%) e outros (0,7%).

Entre os produtos extrativos não madeireiros, o açaí, com R$ 853,1 milhões, e a erva-mate, com R$ 589,6 milhões, são os produtos que mais geram valor da produção a preços correntes. Entre o grupo de produtos alimentícios, o açaí, a erva-mate, a castanha-do-pará ou castanha-do-brasil, o pequi (fruto) e o pinhão representam 46,0%, 31,8%, 9,3%, 3,5% e 3,3%, respectivamente, do valor da produção nacional.

As regiões Sul e Sudeste concentram grande parte da produção florestal do país. Juntas, responderam por 69,1% do valor total da produção nacional. Considerando apenas o segmento das florestas plantadas, esse valor é ainda mais concentrado (79,7%). O estado de Minas Gerais continua registrando o maior valor da produção para esse segmento, atingindo R$ 8,3 bilhões em 2023, o que representa 26% do valor da produção nacional da silvicultura, seguido pelo estado do Paraná, com R$ 5,1 bilhões, 16% do total nacional.

A área estimada de florestas plantadas totalizou 9,7 milhões de hectares, dos quais 68,8% encontravam-se nas regiões Sul e Sudeste. Estavam plantados no Brasil 7,6 milhões de hectares de eucalipto e 1,8 milhão de hectares de pinus. As áreas com cobertura de eucalipto corresponderam a 78,1% das florestas plantadas para fins comerciais no país. Enquanto 44,7% das áreas de eucalipto concentraram-se na Região Sudeste, observou-se predominância de florestas de pinus, correspondentes a 85,5%, na Região Sul.

“No Sudeste, o destaque é a plantação de eucalipto. No Sul, a predominância é de pinus. No Nordeste, a gente tem o extrativismo madeireiro e o grupo de alimentícios e ceras. No Norte, a gente tem extrativismo madeireiro e a produção de açaí. E no Centro-Oeste, a gente tem tanto as plantações de eucalipto quanto o extrativismo madeireiro”, disse Carlos Alfredo Guedes, gerente de Agricultura do IBGE.

Silvicultura

“Verificou-se, em 2023, aumento do valor nominal da produção da silvicultura, que atingiu R$ 31,7 bilhões, o que representa crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior, confirmando a tendência de ampliação no setor que, em 2022, registrou aumento de 16,9% em relação a 2021. Todos os produtos do setor madeireiro apresentaram crescimento, com destaque para a madeira em tora para papel e celulose (19,4%) e a lenha (20,6%). No grupo dos não madeireiros, dois produtos registraram queda na produção – cascas secas de acácia-negra (-22,2%) e resina (-40,3%), enquanto a produção de folhas de eucalipto aumentou 68,3%, diz o IBGE.

O Brasil, que registra os maiores índices de produtividade de biomassa florestal com origem em áreas plantadas, destaca-se, internacionalmente, no mercado de papel e celulose. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a celulose ocupou o 10º lugar no ranking das exportações totais do país em 2023 (2,3%), com 19,1 milhões de toneladas exportados, que geraram US$ 7,9 bilhões, uma redução de 5,3% frente ao ano anterior. O setor da madeira em tora para papel e celulose permanece com tendência de alta, atingindo o valor de R$ 11,7 bilhões, crescimento de 19,4% no valor da produção, após o crescimento de 35,4% registrado em 2022.

A segunda colocação no valor da produção da silvicultura foi ocupada pela madeira em tora para outras finalidades, que cresceu 16,2% em relação a 2022. Com isso, o carvão vegetal passou a ocupar a terceira posição na geração de valor da silvicultura, com 23,6% do total do setor, somando R$ 7,5 bilhões, o que indica aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. Em termos de volume produzido, houve retração de 4,9%.

Entre os produtos madeireiros da silvicultura, apresentaram aumento na quantidade produzida a lenha (5,8%), a madeira em tora para papel e celulose (3,0%) e a madeira em tora para outras finalidades (2,6%).

Reportagem: Ana Cristina Campos – Agência Brasil

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Inicia hoje, 12, a campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos em Parauapebas

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A Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), iniciou nesta terça-feira, 12, a campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos. A ação segue até o dia 30 deste mês, com a oferta de mais de 24 mil doses para imunizar os pets do município.

A vacinação ocorrerá em pontos estratégicos da zona urbana, enquanto nas áreas rurais seguirá o cronograma específico das Unidades de Saúde locais. Podem receber a vacina cães e gatos com mais de dois meses de idade e em boas condições de saúde. No ato da imunização, recomenda-se que o tutor leve o cartão de vacinação do animal.

Márcia Ferro, coordenadora da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), destaca a importância dessa campanha para a saúde pública: “A vacinação antirrábica é a principal medida preventiva contra a raiva, uma doença que pode afetar tanto animais quanto seres humanos. Imunizar o seu pet é um ato de responsabilidade e proteção para toda a comunidade”.

Locais de vacinação:
https://parauapebas.pa.gov.br/wp-content/uploads/2024/11/POSTOS-DE-VACINACAO.pdf

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Obras avançam na PA-160, e Transcarajás já garante melhor infraestrutura no sudeste paraense

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Fotos: Divulgação

As obras de pavimentação da PA-160, conhecida como a Transcarajás, que conecta os municípios de Canaã dos Carajás e Parauapebas, na região de integração dos Carajás, alcançaram 42% de conclusão. A estrada, que também se estende pela PA-275 até a BR-155, em Xinguara, é uma via estratégica para o desenvolvimento da região sudeste do Pará.

A infraestrutura da PA-160 passa por importantes intervenções, como terraplanagem, implantação de base e sub-base, instalação de redes de drenagem de águas pluviais, pavimentação asfáltica e sinalização completa. Tudo para garantir maior segurança e melhor acessibilidade para população local, o que também impulsiona o desenvolvimento econômico, já que vias melhores facilitam o transporte de mercadorias, integram municípios e atraem visitantes turistas.

Realizada pela Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra), a obra, quando concluída, vai pavimentar mais de 26 km, e faz parte do plano estadual de modernização da infraestrutura de transporte.

O titular da Seinfra, Adler Silveira, frisa que “investir em mobilidade e infraestrutura de qualidade é fundamental para o desenvolvimento sustentável e para a melhoria da qualidade de vida da população, assegurando um futuro mais próspero para todos que vivem e trabalham no Pará”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística.

Vantagens nas intervenções – Morador de Canaã dos Carajás, Wellington Carvalho aguarda a conclusão da obra. “Essa estrada vai melhorar muito a nossa vida. Somos gratos ao governo do Estado por essa obra tão importante para quem usa a via diariamente, vai ser uma maravilha, a gente corre riscos de acidente e, no período da chuva, então, piora tudo”.

Antônio Carlos dos Santos, outro morador de Canaã dos Carajás, fala da vantagem da diminuição do tempo para os deslocamentos. “Hoje, levamos mais de uma hora para percorrer o trecho sem asfalto. Quando a obra for concluída, esse tempo será reduzido a minutos”, concluiu.

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Novo Ensino Médio poderá ser implementado só em 2026

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O Novo Ensino Médio passará a ser obrigatório em todo o país em 2026 | Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil

Ficará a cargo das redes de ensino e das escolas privadas a implantação já em 2025 para o novo formato do ensino médio aprovado neste ano após iniciativa do governo Lula (PT). Só para 2026 é que o novo modelo da etapa, com mais disciplinas tradicionais, passa a ser obrigatório em todo país.

A transição foi definida em resolução com as novas diretrizes do ensino médio, aprovada nesta quinta-feira (7) pelo CNE (Conselho Nacional de Educação).

A flexibilidade para a implementação busca atender a diversidade de realidades de cada rede de ensino, segundo o documento e conselheiros ouvidos pela reportagem.

Com isso, a adaptação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em consonância com a nova grade do ensino médio é estendida agora até 2028.

“[A pasta] está formando mais de 200 técnicos de todas as secretarias de educação, que farão o desenho dos planos de ação de cada território”.

Também fica a cargo das redes e escolas a complementação de horas para quem já está matriculado no ensino médio e, no que vem, estará no 2º ou 3º anos. A depender das redes, os estudantes terminarão os estudos no modelo anterior -criticado por reduzir as aulas de disciplinas tradicionais.

O documento final das Diretrizes Nacionais para o Ensino médio é diferente daquilo que o MEC havia encaminhado, no mês passado, para o CNE. Na proposta, havia a previsão de que os estudantes já matriculados teriam de ter um número maior de aulas na Formação Geral Básica.

ENTENDA A REFORMA DO ENSINO MÉDIO

As novas diretrizes impactarão todos os alunos do ensino médio, das redes públicas e de escolas privadas. São quase 8 milhões de estudantes, sendo mais de 80% em escolas estaduais.

A reforma de Temer flexibilizou o currículo, com a divisão em dois blocos: uma parte comum, em que todos alunos estudam os mesmos conteúdos (e disciplinas tradicionais), e outra dedicada a áreas de aprofundamento –os chamados itinerários formativos.

São cinco áreas de aprofundamento previstas no ensino médio: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e a formação técnica e profissional.

A nova mudança, já sob o governo Lula, manteve o princípio da flexibilização, mas ampliou de 1.800 horas para 2.400 horas a carga de aulas dessa parte comum, considerando os três anos.

A Coordenação-Geral de Ensino Médio do MEC havia mapeado as matrizes curriculares do ensino médio em curso no ano de 2024, nas 27 unidades federativas.

As diretrizes reforçam entendimento de que não se faça o ensino médio a partir de uma divisão entre formação geral básica e itinerários formativos.

Haverá um novo documento com as diretrizes relacionadas aos conteúdos dos itinerários. A previsão era de que isso ocorresse ainda neste ano, mas também o CNE estendeu esse prazo: os parâmetros que orientarão as redes de ensino na criação dos itinerários formativos poderá ser finalizado até março de 2025.

Autor: Paulo Saldaña/Folhapress – Dol

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